O que nunca te contaram sobre o ciúme...

A técnica, desenvolvida pelo alemão Bert Hellinger, trata de assuntos diversos, polêmicos e que constantemente geram dúvidas. Sempre em voga nas discussões de todas as espécies, o ciúme é geralmente norteado pelo receio de que o ente amado dedique seu afeto a outra pessoa, além do medo constante de se perder alguém ou alguma coisa. No entanto, segundo Hellinger, “o ciúme significa que o ciumento quer se livrar do parceiro”, ou seja, o ciúme é um meio infalível de alcançar isso, mas, ao invés de se separar, ele quer levar o parceiro a dar esse passo, visto que ele não dá conta de fazê-lo.

Ainda de acordo com as constelações familiares e visando ajudar os casais nesse processo, algumas maneiras de aliviar esse sentimento são:

Analisar os sentimentos e os fatos experienciados ao longo da vida, do ponto de vista das constelações familiares, é uma possibilidade de encontrar as tão procuradas respostas para os questionamentos feitos pelo indivíduo em qualquer estágio da existência. Isso acontece justamente por esse ser um método terapêutico que visa a amplificação da consciência, onde é possível visualizar o funcionamento do sistema familiar e o modo como ele atua, de maneira inconsciente, no comportamento e no destino dos seres humanos.

Claro que esta intenção de terminar o relacionamento é inconsciente e existe devido a todas as dinâmicas que acontecem para que os indivíduos sejam leais a algo que aconteceu nas próprias famílias. Seria, assim, uma espécie de repetição de padrões para honrar e se sentir parte do grupo familiar ao qual está inserido. Por mais que o ciumento tenha medo da perda, ele precisa justificar esse “medo de perder” provocando-a, de alguma maneira - neste caso, utilizando o ciúme, e vivenciando-a.

Mas, voltando ao ciúme entre casais, fica evidente que esse sentimento limita o relacionamento de alcançar sua plenitude. Frequentemente, as brigas e discussões ocorrem devido ao fato de um dos parceiros ou os dois não serem quem eles realmente são. Além disso, a pessoa ciumenta pensa que toda relação representa o risco de ser abandonado e esse medo existe porque em seu coração ele não se basta. Conforme explica Amanda Marques, sentimos medo quando em nosso coração não levamos nossos pais e acabamos buscando a completude no outro. “Quem tem os pais em seu coração está completo e não precisa do outro para se completar”, frisa.

Outro fator associado ao medo da perda na vida adulta advém do sentimento de abandono na infância. Segundo a psicóloga Amanda Marques, “todos podemos, em algum momento, ter-nos sentido sozinhos”. Pela constelação, por exemplo, percebe-se que a ausência de um dos pais, na primeira infância, por um período superior a 48 horas, pode ter sido registrada na criança como abandono. Sendo assim, aquele que sente que foi abandonado vai sempre arrumar maneiras de se “boicotar”, para que seja abandonado novamente e confirme sua fantasia infantil.

Segundo pesquisa realizada, recentemente, pelo blog Esposas Online, o ciúme foi apontado como o principal motivo das brigas entre casais. Dos 1.107 participantes, 36,5% colocaram esse sentimento em primeiro lugar quando o assunto é discussão a dois.

1 - É preciso se conhecer e compreender se você vê o seu parceiro e o aceita como ele é.

2 - Respeitar a individualidade e as peculiaridades do companheiro, aceitando o que é ou não importante para cada um ser feliz é fundamental.

3 - Ter um lugar de honra no coração para tudo que ocorreu nas famílias de origem.

4 - Dar ao pai e à mãe lugar de honra no coração o tornará completo e irá cessar a busca pela compensação dessa falta nas parcerias.

5 - Reconhecer a importância de cada relacionamento anterior e dar um lugar em seu coração a eles é essencial.



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